sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Veja bem meu bem

O que doi mais, nao era estar ali sentada e encomodada com a sua ilustre presença. O que doi mais é nao poder mostrar o meu encomodo, é ter que disfarsar o maximo que estou literalmente encantada e incondicionalmente deslocada por estar tao perto e ao mesmo tempo tao distante de voce. Engraçado, que mesmo depois de meses voce ainda me olha com o mesmo olhar de ternura e esquecimento. Como se nada tivesse acontecido entre nós, como se eu nao tivesse feito nada estragando todo tipo de possibilidade que tinhamos de ser felizes juntos um dia. Mas é apenas seu olhar porque suas atitudes ainda me mantem distante suficiente de voce. E isso dói tanto, que por precauçao libera uma anestesia natural e expontanea para amenizar a dor.
E sempre disfarsando, ocultando dores antigas eu fico por ai. Largada, jogada e perdida. Nas milhares formas de amor que eu acho que encontro, nas milhares vezes que acho que tenho um namorado, que acho que encontrei alguem e que perco pra vida de novo quando vejo que foi só mais um bote danado que me deixou assim, cansada e exaulida pelo excesso. E quando eu chego aqui, nos ultimos passos, nos ultimos minutos, na hora de pedir o fim, eu lembro de voce. E por mais que voce esteja ali, pertinho de mim, tao proximo capaz de me ouvir pedindo sua ajuda. Tenho que ficar em silencio, porque eu nao posso nem expressar que ainda ha sentimentos que me matam e que sao loucoooos por voce. Novamente eu oculto o amor, oculto o sentimento que voce brotou em mim e deixou aqui para morrer sozinho. Oculto toda dor com a minha propria anestesia natural, e te observo de perto, de certo que nao chegarei ao ponto de pedir pra voltar.
Voce esta ali, olhando para mim desconfiado, e nota quando eu quase chego perto demais, e quando eu quase fujo por nao poder te tocar, por nao poder te sentir. E por quase morrer de saudades de quando podia te ter aqui do meu lado e que foi tao rapido que eu nem tive chances de te amar de novo e de novo e de novo.
Mas agora eu nao posso mais, eu nao posso mais ter voce do meu lado, nao posso mais te contar coisas bobas, nao posso. E eu queria tanto que fosse como antes, que esqueço de novo que a culpa de nao estarmos juntos foi toda minha, como sempre eu desisti de voce, eu desisti do amor quando vi que ele estava chegando perto demais de nós dois. E cosumindo meu coraçao de pedra, meu coração de dor. Eu mudei quando percebi que estavamos ficando intimos demais, eu mudei me estressava com pequenas coisas, fui jogando todo sonho, toda esperança no lixo e tentando provar o teu amor. Por nao acreditar nele, eu sempre insisto em colocar a prova, e eu sempre esqueço que o amor nao se prova, o amor se traduz.
O sapato rosa shok da menina que esta sentada do seu lado, só o sapato apaga o meu brilho de pretinho basico. Voce encontrou alguem a sua altura, que acredita no amor que voce diz ter, voce finalmente ficou com alguem que acredite que amor existe, que nao precisa de provas pra poder acreditar nisso. Voce esta bem melhor que eu, com o olhar de ternura de sempre, com o charme maravilhoso de sempre.
E eu com todo meu quase sempre mau humor, minha quase sempre dor de cutuvelo, minha quase sempre vontade de sumir. Minha vontade de te amar, minha vontade de voltar no tempo. E agora voce fica olhando no relogio como voce fazia quando queria que as horas passacem rapidas para nós dois irmos logo embora da casa dos seus pais para poder ficarmos juntos, mas agora olha o relogio de cinco em cinco minutos mas eu sei que a vontade é que voce possa ir embora pra ficar longe de mim de novo.
Como fomos chegar aqui? Se antes era eu do seu lado, era eu de pretinho basico e voce feliz com meu pretinho basico. Era eu que ficava observando voce desprezar antigos amores, e agora sou eu quem esta do outro lado da mesa sendo obsecada pela menina do sapato rosa shok. E no fim das contas, acho que a culpa nao foi totalmente minha, eu tive minha chance sim, mas talvez daqui um tempo voce se canse do amor como se cansou quando estava comigo, e ela queira que voce prove , até que ela se canse de voce, como eu me cansei. E vá embora para nao sofrer mais, mesmo sofrendo, com o amor que voce brota, que voce rega, que voce cuida, e depois deixa la, secando. Sozinho!
Sozinha. Eu ainda te amo, o amor que eu nem acredito que existe, mas ainda assim com meu pretinho basico sei que um dia serei melhor amiga da rosa shok. Enquanto outra linda menina vai estar desfrutando desse seu sorriso lindo e seu otimo carinho de fim de noite.
Mas na verdade no fim da noite, é sempre a mesma coisa que voce diz, para todas nós.
Eu te amo né... E todas nós acreditamos e ficamos aqui... arrependidas pensando se a culpa foi nossa, foi nossa....

castigo

E é tanto esforço para poder te impressionar. Tamanha é a vontade do primeiro amor voltar a ser como era, não ser mais desgostoso, não ser mais tão comum, tão amor. Tão simplesmente isso. Antes o amor era mais fácil, ele era simplesmente o amor. Mas hoje só de amor não basta. 
Não podemos vencer as barreiras, pular os gigantes abismos que fizeram contra nós, não podemos mais voar alturas só por amar. Precisamos de algo mais forte do que isso, e quando vejo que quanto mais esperamos um do outro, mais nos decepcionamos. 
Mas nessa de aprender a amar de novo, eu descobri que isso não é amor, quebrei a cara de novo mas pelo menos descobri que a culpa de estar acabando não é mim, é só da paixão, é só momento que ta passando que ta acabando todo segundo, cada minuto acaba um pouco mais. Fomos iludidos, pensávamos que fosse amor, mas hoje eu descobri que não que a paixão nos fez de troxa. 
E então, novamente estou sozinha, tentando sobreviver a dois meses de mais um namoro, tentando sobreviver a todo cansaço, todo medo, toda perda. Tentando não desistir de novo de toda essa baboseira danada que é gostar de alguém e viver com alguém.
Tentando me manter segura, lúcida, sensata para não acabar no abismo dos solitários de novo.
Não posso mais abrir mão das coisas só porque elas não são como eu queria que fossem, não posso simplesmente te esquecer e te colocar de ultimo plano como se nada tivesse acontecido. Porque não posso mais esquecer que quase aprendi a amar de novo, quase fui enganada pela paixão de novo, e aqui com raiva, esquecida, enquanto você dorme e sonha com o amor que não existe, com o amor que é só palavra sem ato, sem provas, sem demonstração. Só um drama, frases, Eu te amo amor, eu também te amo.
...
...Não é amor...
Eu fico aqui, acordada , deprimida, confusa. Como me manter em pé em uma corda bamba, como voltar da onde comecei, como eu posso clicar ‘voltar’?
Não tem mais jeito, é muito clichê tudo isso, e entao toda preocupação que você disse para eu não ter, toda tranqüilidade que dizia que seria. Eu percebo que queria trocar tudo isso por um pouco de paz que eu tinha quando não precisava pensar a dois.
Eu não sei, ou eu nasci pra ser sozinha. Ou eu nasci pra não amar. O amor me odeia, eu sei que ele me odeia, e então a paixão insiste em me iludir e me enganar para poder me fazer pensar que posso, eu posso amar um dia. Mesmo não podendo, mesmo sendo impossível a Débora Pires amar, e quem vê até onde chegamos, até onde esses dois meses nos trouxeram zombam da minha insensatez de ter acreditado que momentos de prazer se tornassem em amor verdadeiro. ILUSAO, me pegou de novo...

Eu te amo amor, eu tambem....

Não é amor , não é amor, não é amor.. E vou repetir isso, até que acredite de novo que nao sou capaz, que nasci pra escrever o quanto nao consigo ficar feliz o suficiente com alguem antes de descobrir que é tudo apenas momento.








 

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Relogio parado.

''A pior forma de sentir saudades é ter a pessoa que ama sentada ao seu lado e saber q nunca poderá tela''


Ela estava linda quando foi, mas voltou feia. Ela voltou feia.

O dia não passava no trabalho dela, ela pensou em tudo, pensou no que dizer, no que fazer, na roupa que iria usar, ela pensou até em como ocultar suas emoções pelo menos naquele dia. Ela estava esperando esse dia a mais ou menos um mês, e ela imaginou que fosse fácil. Mesmo que dentro dela dizia que seria difícil suportar.

Ela se aprontou o quanto antes, e tentou se preparar para emboscada que ela sabia que iria entrar de novo. Tomou banho, e no banho ela ficava pensando 'O QUE SERA QUE VAO PENSAR? O QUE SERA QUE ELA VAI FAZER?' Se arrumou, colocou uma roupa linda, um salto desgastante, se maquiou, tentou esconder toda angustia todo cansaço, todo medo, ela tentou esconder com aquela maquiagem toda expectativa. Saiu feliz, saiu com o objetivo de mudar gerais as suas ansiedades.

No caminho, ela sentia uma revira volta de passarinhos voando dentro de seu estomago. Tudo para chegar La e ver que sim, a outra continuava a mesma. Mas ela estava pela metade.

Para ela seria fácil fingir felicidade, seria fácil fingir NAO GOSTO MAIS. Ela foi bem, revê os amigos, contou babado. E enquanto falava demais, ria demais, dentro dela doía uma dor irreconhecível e que ela jamais desejaria para ninguém. ''quando vai passar?''. Era a única coisa que ela pensava.

A menininha pequena, bonita menina, arrumada, dócil, ela esta alegre. Mas por dentro tão destruída. Alguns pensam que realmente ela esta bem, e ela suportou, ela agüentou. O que ela esperou tanto tempo para chegar, foram as horas mais cruéis, em que ela mais desejou que passasse. Mas não passa nunca.

E ela só queria chegar a casa e poder desabar, chegar a casa e poder se entregar a emoção. Deixar a razão de lado, e poder ser a menininha sensível que esta gritando dentro dela. A menininha que eu conheço.

Ela estava com saudade, ela estava com muitas saudades. Mas os dias, a ausência de amor, a falta do amor que antes ela recebia, naquele mês de julho inteiro ela construiu armaduras, forças imaginarias para tampar essa saudade. Essa saudade que se tornou em uma rocha, em um disfarce uma mascara que sempre dizia em automático 'Não, estou bem, estou bem , estou bem'. Mas ela sabia a verdade, ela sabia, mas tentava esquecer.

Essa rocha, que em menos de segundos se tornou na pior saudade do mundo, a saudade que não finda quando se revê. A saudade que pode ver que quase pode sentir, mas não pode matá-la. A saudade sem fim. E enquanto ela morria de saudades, com a outra do seu lado. Tão perto.

'Seja forte, faltam apenas mais algumas horas'.

Ela encarnou todos os tipos de personalidade que ela tinha, encarnou ate as que ela não tinha pra poder mostrar que NAO estava destruída, mesmo estando.

Foi uma ótima atriz, aquela segunda feira fria, naquele ambiente carregado de lembranças boas que se tornaram lembranças cruéis a partir do momento em que ela foi obrigada a esquecer tudo. Foi o palco do seu sucesso.

Por fim, acabou. Cansada, exaurida, falida, sem ar. Ela volta para casa.

'Como foi?' - Normal

Ela não se sente bem, mas ela precisa do seu momento. E as lagrimas que caem agora, são ensaios para o sorriso de amanha.

Porque amanha vai acordar, ir trabalhar e ficar pensando horas em como agir, o que falar como disfarçar. E quando chegar lá. É o mesmo dilema, até que canse, até que finde e todo amor que hoje ela sente, se torne em dor, se torne ódio. E esquecível.

Tchau menininha. Olá mulher. Tchau menininha. Olá dor!

Lagrimas viram dureza, viram muro. Muro escuro de uma dor que ela não quer mais sentir.

Mas é a vida, e ela sabe. Ela já esta acostumada mesmo doendo tanto, a dor hoje anestesia antigas magoas e a transforma e transforma. E o que ela mais teme é o ódio que esta brotando a cada lagrima que cai regando todo o amor destruído, todo amor sem volta. E no seu coraçãozinho grite 'Me traga luz, ao invés de dor...


Calma menininha, tudo isso vai passar!