terça-feira, 28 de junho de 2011

Falta de amor


Certo dia um garoto me perguntou no que eu acreditava. Isso porque eu acabara de dizer a ele que não acreditava no amor. Depois de alguns minutos pensando eu percebi que eu acreditava em mim, em Deus, e em uma falsa felicidade disfarçada de tristeza por ai.  O amor apropriado, estranho um ateu que acredita em amor, e uma crista que não acredita nele. Pois bem, cheguei a uma terrível e realista conclusão: As pessoas deixam de acreditar nas coisas por conta das frustrações que tais coisas causaram. No fundo no fundo, eu sei que o amor existe, alias eu já não senti uma vez? E La no interiorsinho escondido dele ele sabe que Deus existe, mas não exatamente do modo que ele achou que fosse. As pessoas se decepcionam e para não caírem mais, disfarçam as coisas. E por disfarçar o amor e tudo o que ele já me causou eu finjo não acreditar nele, não acreditar no poder vagabundo dele, no poder de quem não tem o que fazer do que laçar pessoas e realçar sentimentos inimaginaveis para um simples ser humano. O amor é divino, se alguém que pode senti-lo esse alguém é Deus, representante absoluto de que existe sim. Mas eu acredito em Deus, acredito que por sua divindade Ele ame, mas então minha falta de fé é simplesmente nos seres humanos, capazes de cometer erros, frageis,  fracos, insalubres. Minha falta de fé é que ainda possa existir amor em corações que hoje não pensam mais nisso. O Amor de longe já foi algo que trazia felicidade, alias. O que é amor? Eu sinto que futuros relacionamentos depois da minha terrível frustração com esse tal sentimento, são apenas cômodos, as pessoas se acostumam, elas não amam, não é amor. É falta, é carência, é habitat natural. As pessoas só acham que podem chamar tudo isso de amor e pronto. Mas no fundo é mesmo a falta dele que faz as pessoas acreditarem que ele existe. E no fim das contas, ninguém nem sabe o que é isso. Nossos pais talvez podem saber, os valores eram outros. Mas hoje, não há amor. Não há salvação. Simplesmente existe pessoas com a falta dele, e que se acostumam, se deleitam, se iludem, para poderem satisfazer um pouquinho da falta. Pois bem, minha resposta. É que eu acredito mesmo é na falta, na falta de carinho, na falta de saudade, na falta que as pessoas tem e então pra esconder a falta elas dizem que amam, amam de verdade. Amam o para sempre que acaba depois de alguns meses, amam o drogado, amam o pobre, amam o milionario, mas no fundo fundo elas nem sabem o que é isso. Só disfarçam pra fingir amor, e a culpa é do mundo que gira, e de outros miliares corações que ainda querem e vão sentir, e vai doer, e talvez como eu desacreditem nele. Alias, ele não existe né. E se existe, o medo escondeu ele de mim a muito tempo atrás, para que eu não sentisse mais a dor que ele me causou. Papai uma vez me disse que amor é doce não fazia machucado, mas então de repente eu achei um amor, eu cuidei do meu amor, eu quis bem o meu amor, e ele foi embora e doeu. Pois bem, ele não existiu , nunca foi amor, foi mesmo a falta dele. Eu nunca mais vou amar alguém como amei esse meu amor. Talvez eu nunca sinta um amor de verdade porque esse garoto já amou. O amor ele se mostra uma vez e depois vai embora, não existe mais. Nunca mais se ama do mesmo jeito, nunca mais é como o primeiro, por mais que a gente tente, por mais que a gente se esforce. Nunca será igual. Enfim, é exatamente por isso que acho que as pessoas não devem acreditar, por acreditar demais a maioria do mundo cai, perde, e então a fé vai embora e fica a falta. Não há amor, o que tem são pessoas que acreditam que somente ele trás felicidade. Sendo que a única coisa que trás felicidade mesmo é esperar um pouquinho mais das pessoas, que mesmo sem amor podem surpreender sem machucar. É nisso que eu acredito, num relacionamento saudável, num relacionamento equilibrado. Por não amar mais como já amei um, nunca mais terei um relacionamento recíproco e assim em diante, assim cada um com seu respectivo ex amor. Com suas respectivas dores. E eu com minha mentirinha escondida na minha cara, Débora dizendo não acreditar mais no amor parece piada né? Mas há um bom tempo que ele não existe mais... pelo menos... pra mim! 

domingo, 26 de junho de 2011

Fuck you

A pior parte de não acreditar no amor é duvidar que ele pode no fundinho fundinho ser real. Eu odeio começar de novo, eu odeio na mesma dimensão que odeio o fim das coisas eu odeio o começo de outras. Odeio o inicio complicado, as conversas confusas, a língua se enrolando pra dizer que eu não sou tão terrível quanto você pensa e que você precisa gostar de mim. Todo começo é inconveniente, tem um pouquinho de mentira misturada de desejo de verdade. É omitir a vida pra tentar que de certo de outra forma. Começar relacionamentos são assim, a gente tenta esconder tudo que se foi, que se passou pra tentar realmente que seja um novo começo, mas no fim das contas o antigo sempre atinge uma hora ou outra. E então do nada você me aparece, eu nem esperava que você apareceria tão cedo. E ali esta você e eu toda despreparada para começar de novo, começar nem que seja uma boa ficada, ou uma tranza fixa. Eu não estava mesmo pronta pra começar nada que envolvesse alguém, desde alguém do outro lado do telefone esperando minha resposta ou alguém que tivesse um pinto, até alguém que sem querer eu pudesse de repente estar apaixonada e com medo de estar gravida, e com um anel enorme na Mao direita e então chorando no meu quarto porque mais uma vez não deu certo. E exatamente por isso que eu não esperava ninguém, porque eu acho mesmo que eu não to pronta pra isso. Mas você apareceu, do nada assim, eu só quis por algumas horas e então de repente eu quero por alguns dias mais. Mas parte do fim que ficou mal acabado e ainda suja minha calçada, gera uma barreira enorme até você. E então eu sei que no fundo fundo não vai dar certo mesmo, por mais que você seja tão igual a mim. E no meio de toda essa bagunça eu não me preocupei com o começo com você, não me preocupei porque algo me diz que não vai dar em nada, talvez a mentira desde o inicio ou a distancia, ou sei la. E então o começo com você foi diferente, eu fui clara, eu fui obvia, você de repente sabia exatamente como trabalhar comigo mesmo se confundindo todo. Eu simplesmente pela primeira vez na vida disse foda-se, foda-se o que ele vai pensar de mim, foda-se se ele vai embora amanha e pensar que conseguiu o que queria, foda-se se dessa vez eu também quero sentir prazer em vez de pagar de santa, alias, foda-se eu não sou santa mais, eu nunca fui. E então pela primeira vez eu comecei assim, eu comecei exatamente do fim. Eu comecei podre, eu abri o jogo, não preciso mentir, não preciso fingir que eu sou corretamente correta pra voce gostar de mim. Se for pra algém gostar de mim que goste como eu sou, e nao que estou quase pra virar freira, que eu não quero que ele pense isso de mim. Quer saber? Se quiser pensar, foda-se! Somos dois, não é só você, não é só eu, os dois sentem, os dois querem então que se foda. E eu fui tão clara que chego a ficar sem graça só de pensar, mas é que : por que nao me arriscar se de um jeito ou de outro não da certo mesmo? Alias, eu nem acredito em amor e em nada que leve a isso. Entao isso é o que ? Começo do que? Da tranza fixa? Acho que não, mesmo sendo podre não sou tão assim, não sou tão ''desorgulhosa'' assim, mas de qualquer maneira, do perfeito começo eu cheguei a milhares de fins escrotos e então quem sabe com um começo escroto eu tenha um fim menos escroto que os antigos. E entao eu nao preciso te ligar, eu não espero que você me ligue, eu não espero que você me procure, mas se você me procurasse seria bom, entao ate uma simples mensagem ja é demais pra quem nao espera nada, ja é feliz. porque de repente eu quase achei que podia ser mesmo bom alguma coisa com você, qualquer coisa, menos uma tranza fixa, mas sei La. Eu nao espero  isso de você porque eu fui exatamente uma menina escrota, experiente e esperta. Nada de bobinha, nada de não faço, de não quero, de precisamos esperar, nada disso. Eu fui experiente, eu fui cabaça, eu quis tanto quanto ele, eu fiz quase o mesmo que ele e foda-se se ele não me ligar. Mesmo que La no fundo de alguma coisa dentro de mim acha que seria bom se ele ligasse, mas tudo isso faz parte do foda-se, então assumo a postura que eu quis assumir quando decidi que começaria algo de novo de um jeito novo. Levanto a cabeça, estufo o peito, empino a bunda e pronto, estou a sua disposição. Puta? Claro que não, um feto de mulher, um feto de uma menina que vai completar 18 anos, um feto de experiências que antes eu mentiria dizendo que nunca fiz, que num quero fazer, que estou esperando o cara certo. Até que todos se foram e o cara certo morreu atropelado ou trepando com qualquer menina mais fdp do que eu. Por fim, cá estou eu, com o começo de uma coisa que eu sei La aonde vai dar, com um medo do cacete do meu coração me enganar e eu me foder . E um foda-se enorme que ta me fazendo dizer coisas que se fosse ontem eu não diria, mas uma amiga minha disse: Dé, foda-se, todo começo leva a um fim, comece diferente todas as vezes. E entao, fuck!

domingo, 19 de junho de 2011

No one, fix me?

Tem um certo momento acho que na vida de todo mundo em que a maioria das coisas que acontecem não são boas o suficiente, ou tudo parece dar errado, e se não da errado nós mesmos não gostamos do certo. Triste, mas um fato. To nesse momento. Pra La de Bagdá. Na fase mais impossível e mais confusa. Nada fica bom, nada fica do jeito que eu queria que ficasse. As coisas que eu quero muito quando eu consiqo perdem a graça, as coisas que até um tempo atrás eu estava odiando eu passo a amar. É foda, é triste, é desnessario. Fase do caralho! Fazer o Maximo possível para que as coisas dêem certo, fazer o Maximo possível pra fazer a coisa certa. E só dar mancada, e só entrar em furada. Nada bom, tudo errado, decepção, uma vontade do cacete de sumir. Uma nostalgia impossível das coisas que eu fiz no sabado a noite e não deveria ter feito. O moleque que eu to ficando aparece e some quando bem quer. O outro do sábado a noite e metade do mundo achando que eu sou uma menina que eu não sou. Merda de zica, de momento de bosta. Querer tanto me acalmar, deixar as coisas se ajeitarem, colocar os pratos limpos no lugar. Arrumar a bagunça, mas deve ser mal de Débora acabar com a própria reputação, A pior parte de toda essa merda, nem é essa merda toda. A pior parte é sentir falta do fdp, do dêsgraçadinho que me fez desacreditar no amor de novo, eu sinto falta. E eu odeio sentir falta. Quando a qente ta na merda a gente lembra de coisas boas do passado e quer voltar pra La. E é bom assim, eu esqueço toda merda que ele foi, substituo pela merda que eu to agora e sinto um tesão enorme de voltar pro passado. Só voltar, e pausar e curtir. Os momentos nossos, a intimidade que definitivamente eu não vou ter com mais ninguém. O amorzinho que podia ter suas cachorradas sexuais, mas não deixava de ser amor, carinho, prazer. Não deixava de ter respeito. Entao mesmo ele sido podre, nesse exato momento eu vi que moleque sempre pode me impressionar, em geral, sempre pode ser pior. Que dentro de um banheiro minúsculo acha que é dono de mim, que pode simplesmente atravessar o sinal vermelho. Enquanto o ficante que se esqueceu de me chamar pra sair sábado a noite com ele me liga bêbado as 2h da manha querendo conversar. Mas então se fosse você, até dentro de um banheiro, ou se você me ligasse 2horas da manha, era de se imaginar, algo esperável de você. Mas quem são esses né? Que de repente estão com a lingua dentro da minha boca , e eu nem sei quem são eles. Alias é tudo mentira.
E Nem sempre é facil entender.. num é facil entender a falta, a saudade, a questao, a duvida. Nem sempre é facil aceitar que nao vai ser igual, que nao vai ter amor, que nao vai ter sabor.Num é facil ouvir aquela vozinha da conciencia dizendo: Simplesmente mudou Débora, nao é mais ele, é simplesmente mais um como todos os outros que só quer gozar e sair fora.
Pesa, faz falta, e eu fico sozinha pensando , querendo chorar, mas o choro não vem. É choro de cobra, choro que dói, mas não sai. É choro segredo, é o medo fdp de não encontrar mais ninguém pra me salvar daqui. Ninguém pra me tirar desse buraco, ninguém que eu me sinta a vontade pra dizer que não esta fácil. Para dizer que eu quero mudar, para me ajudar a mudar. E se não houver ninguém mais? Ninguém pra entender que quando eu bebo eu fico idiota, eu não pareço eu. Alquém que me ajude parar de fumar, de beber, de chorar, de não entender. Alguém...o choro...o segredo...o medo de não existir mais. Do momento zica não passar mais e eu continuar infurnada na minha própria bagunça, nos sonhos que eu não consigo realizar, passando de Mao em Mao achando que talvez esse possa ser diferente. Futuro por favor? Voce esta dizendo a verdade?
E no quartinho sem cadeira na igreja em que eu me encontro, só querendo que não fosse assim, que fosse mais fácil. Mas não é, não fica fácil.

domingo, 12 de junho de 2011

BEST FRIEND FOREVER?

Isso é coisa da antiga amizade. Acaba ficando mais difícil de desgostar e mais fácil de se apaixonar. É que eu te conheço tão bem e de repente faz tanto tempo que não te vejo. E no meio da saudade do teu abraço, e da sua sede de me beijar eu fui sem freio até você. Alias, eu já te conheço a tanto tempo. Mas é que faz tanto tempo que você não vem. E então nos afogamos em um novo sentimento, em uma nova experiência. E não éramos amigos antes? E agora estamos falando de nós, de sempre, de amor. Mas eu sempre te amei . E então fomos rápidos demais, e eu tropeçando e tropicando, mas é que o medo de te deixar escorrer pelas minhas mãos como das ultimas milhares de vezes que tentamos nos dar bem de novo é uma opção que eu não quero nem pensar. Te perder já não é uma opção. Mas então estamos nós assim como todos os típicos relacionamentos comuns, não te vejo mais como meu melhor amigo, mas também não te vejo como um amor. Mas então por que o medo de te perder eu não sei.  Deve fazer parte da promessa de que eu não ia desistir de você. Eu tinha me esquecido que você já não tem mais os 12 , 14, 16 anos de quando eu aproveitava suas fases e te fazia de instrumento para ouvir minha dor, e meus amores, e meus segredos. Enquanto você me amava calado, amor de criança, amor sincero, amor que acabou. E então você esta com seus 19 anos de idade, e só porque você era meu melhor amigo eu simplesmente me deixei levar, maldito momento que faz  agirmos sem pensar. Eu me deixei a mercê de você, e de seus poderes que facilmente me envolveriam. Eu no momento mais frágil, no meu momento mais quebrado, no meu momento mais dor. Querendo não partir antes de começar alguma coisa, querendo não me precipitar para podermos ir no tempo certo. Querendo trabalhar no seu tempo. Desenfreio do cacete que me fez perder a cabeça e achar que de repente , de repente você poderia ter razão e a gente poderia dar certo mesmo.  Mas no fim das contas eu sempre tive razão, somos perfeitos quando somos amigos, porque quando não somos amigos somos como todos os outros milhares de casais comuns. E eu não quero nada comum, eu não quero um amor comum, eu não espero isso de você. Um menino tão perfeito, o meu melhor amigo, o meu heroizinho que eu também não sei por que cacete eu considero tanto. Desde o seu ‘Oi’ na pizzaria quando entrei descabelada querendo brincar, até os nossos milhares de adeus, e minhas milhares de tentativas de voltarmos ao ‘Oi’ da pizzaria. Mas se foi, o tempo se foi. E eu não sei porque eu voltei pra você, porque eu acreditei tanto que no fim das contas arriscar podia ser legal, podia dar certo, mas não deu. Exatamente do modo como eu havia previsto. Voce é tão comum, tão igual a todos os outros e então devagarzinho vou perdendo o encanto. O encanto pelo menininho que eu sempre fui apaixonada e não sabia. E te vejo assim, tão normal. Tao você.. tão mais um!  

Que dia que é hoje?

Sabe aquele tipo de cara que você olha e já sente um tesao enorme?  Entao La estava ele no fumodromo, o típico solitário, cabelo jogadinho, que esconde alguma coisa, fuma com um pé encostado na parede atrás dele e fica olhando a hora de 10 em 10 minutos, isso porque ele sabe a hora, mas olha só para disfarçar a solidao. Eu achei o cara do tesaozinho que percorreu minha v.. cabeça e me fez ficar encarando já que eu também estava sozinha no fumodromo. Eu não tenho isqueiro, tudo bem, típico eu mesmo esquecer de comprar um isqueiro. Psiu você tem fogo?. Claro. Isqueiro preto, acende meu cigarro, e cada um para sua solidão de novo. De repente eu não estava mais sozinha, alguns amigos carecas meus apareceram para fumar também . E mesmo com um monte de macho negao, alto e careca do meu lado, falando comigo eu não deixo de encarar, encaro mesmo ué. Tiro pedaço só de olhar. Ele me olha com cara de sério, nem parece que ele tem essa capacidade de ser tão serio. Ta com tanta pouca roupa que já me da uma vontade imensa de esquentar. Camisa sem desenho, chucra, neutra, sem graça, nerd, tem cara de nerd pelo menos. Mas cara, que tesaozinho. Termina o cigarro dele, passa por mim, faz cara de despreso já que faz parte do charme de quando alguém fica te secando muito. Eu termino, saiu andando sem nem dizer tchau para os meus amigos, esbarro com ele algumas vezes, seco, encaro, faço tipo e saiu andando rebolando. Ele não vai cheqar em mim, eu não quero que cheque também, já tá ótimo ficar brincando com os meus olhos. A balada  ta um lixo, o dinheiro acabou, a galera sumiu, a menina ali que veio comigo ta chorando por que ta terminando com o namorado. Pois é, de repente virou moda terminar com o namorado um dia antes do dia dos namorados. Um porre, dor de cabeça, sóbria, som estressante, um monte de velho, inclusive um que se ofereceu para me ajudar a fazer coco. Um cabeludinho rebolando na pista, desfrutando dos seus passos anos 30 e jogando os cabelos lisos nos ombros enquanto uma rodinha de gente sem conteúdo grita para ele dançar mais. O cara foi casado quatro vezes (papo de fumodromo). E entao eu vou fumar de novo, dou oi para o segurança já que já virou rotina ele me ver passando para la e para ca sozinha. E então no mesmo cantinho, parado, do mesmo jeito, perna encostada na parede, sozinho, relogio, cara de bravo. Me empresta seu isqueiro de novo? . Claro. Por que você olha a hora o tempo todo?. Vou ter prova na segunda. Hm que tenso, faz o que?. Medicina. Uol. E então pronto o tesaozinho vira uma vontade enorme de agarrar e falar para ele tirar minha roupa e brincar de medico. Ousada, safada, escrota, o tipinho que eu odeio nas meninas. Eu vou ser hoje e foda-se. Ok eu não consigo, é impossível, é impossível. Vai tenta me beijar porque eu defitivamente não vou chegar em você, vai logo. Conversa pertinho, me conta da vida inteira dele, me arranja bebida. Brigado, não bebo!.  Bebe ai Dé, já ta um lixo a balada, aproveita que é por ‘’minha conta’’. Dou alguns goles recheados de ânsia de vomito, é whisk e eu odeio whisk. Mas eu bebo alias, é por conta dele mesmo. E ele fala fala fala, e eu gosto de ouvir ele falar, falar da vidinha de merda de estudar medicina, e não ter conhecido o pai drogado, e querer ser neurologista porcausa da vó que faz uma comida deliciosa, e a tattoagem em homenagem a namorada que não foi infinita. E as pernas dele fechando as minhas, que morrem de frio. Ele gosta de conversar de pertinho, aumentando ainda mais a minha vontade da boca dele, mas eu nem posso, num faz  nem duas horas que meu ‘’suposto amor’’ foi embora. E olha que coincidência o nome dele é o mesmo que o do ‘’suposto amor’’. Conversamos, conversamos, conversamos. Fumamos e conversamos mais. Bebebos, faço careta, ele faz careta pra me acompanhar. O tesaozinho vai embora e vira uma vontade enorme de que ele morasse perto, 18 anos, fala para cacete, tão inteligente, ateu, interessante. Vem cá vem, mora comigo?. Só pra eu ficar ouvindo você falar. Já ta ótimo já que eu nem tenho quem fale nada. E então de repente estamos tão perto, que eu fecho os olhos ao mesmo tempo em que ele também fecha, e meu estomago embrulha, minha Mao apóia com força nas coxas dele, e então estamos nos beijando, sentados, do lado dos amigos bêbados dele. E então nos beijamos, e o tesaozinho volta, volta acelerado, ele beija tão mais tão bem, cara eu quero você aqui para eu ficar beijando, não precisa falar nada só me beija e fica queto. Beijo bom, maravilhoso, beija exatamente igual a mim. Encaixe jeitoso, mordida safada, lingua sem freio, danças de sabores. E a mesma sensação escrota que eu sinto toda vez que eu beijo alguem, a vontade imensa de sair correndo, a vontade imensa de guardar numa caixinha de todos que eu beijo. E então cansamos mesmo de falar, e só nos beijamos, mas é que fica bom, fica muito bom. Vamos pra pista de dança, ele me aperta, me prensa, me deixa sem respiração. Todo mundo olha e sente o mesmo tesao só que agora dos dois. E então nem sei quando foi que a hora passou tão rápido, e ta tão bom. As luzes acendem e nós dois simplesmente nos embaçamos, minhas amigas querem me levar embora, ele ta com meu celular esperai. Como eu te encontro?. Coloca isso no facebook. Tudo bem. E então tchau, típico balada, típico delicia, tesaozinho da noite, tesaozinho que eu queria guardar no meu armário. E eu vou embora, acordo e nem penso nele. Só penso mesmo é na lingua dele, e na Mao dele, e no p..! rs. Feliz dia dos namorados.