domingo, 14 de abril de 2013

Perigoso

Do nada me peguei chorando. Ouvindo uma musica qualquer, chorei. Do nada deu saudade, mas não foi da gente, muito menos de você. Deu saudade mesmo foi do amor, e das chances que, antes, eu tinha coragem de dar a ele. Deu saudade de levar alguém a sério, de me levar a sério, saudade de ser diferente. Deu vontade de querer, querer apresentar pra mãe, querer mandar uma mensagem ou retornar uma ligação, querer fim de semana, querer acreditar que "talvez, quem sabe". Me peguei chorando que nem uma menina boba, sem motivo nenhum.
Porque eu tô bem, viver assim é bom, mas viver assim é vazio demais. Sempre falta um alguém, um carinho, um affair, um especial. Sempre falta, não da para mentir, nem mesmo o ser humano mais cético consegue se enganar por muito tempo. Uma hora todo mundo para, pensa e vê que as vezes a bagunça e a solidão não são tão boas assim.
Pode ser amizade colorida, amante, rolo, ficante, namorado, marido, mas tem que ser. Tem que ter, ter alguém para dividir o tempo, alguém que aceite pelo menos só dividir, dividir sentimentos, dividir espaço, dividir sorrisos, dividir historias, dividir um lado da cama, dividir um chocolate, dividir um cobertor. Porque no fim, até o coração mais duro sabe que não dividir é muito solitário e ser solitário da frio.
No final das contas, acabei chorando, chorei por causa da saudade que faz dar uma chance pro amor. Mas depois lembrei o estrago que ele faz, e chorei mais ainda... Dividir é tão bom, mas tão perigoso... Que saudade!

Nenhum comentário:

Postar um comentário